Escândalos políticos viram tema de Atualidades. Fique por dentro!


Folha Dirigida, 22/11/2016

Cunha, Garotinho, Cabral. O que une os três talvez seja um dos assuntos mais repercutidos na mídia. Mas as recentes prisões de políticos e empresários poderosos não apenas estão presentes nas redes sociais e nas conversas de bar, mas também deverão ser cobradas nos concursos. O Leandro Signori, professor de Atualidades, Realidade Brasileira, História e Geografia trouxe orientações sobre o assunto e indicou como o tema poderá ser cobrado nas próximas seleções, seja em provas objetivas ou em redações.
 
Mas não é só no Rio de Janeiro que "o bem tem vencido o mal". No mês passado, o ex-governador do Tocantins, Sandoval Cardoso, foi preso suspeito de participar de fraude em licitações e contratos de obras em rodovias estaduais. Em setembro de 2015, foi a vez do ex-chefe de estado do Mato Grosso, Silval Barbosa, que foi à cadeia por desvio de dinheiro na concessão de incentivos fiscais, no âmbito da Operação Sodoma. Por fim, em 2010, o então governante do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi condenado no âmbito da Operação Caixa de Pandora, que investigou um esquema de corrupção no Distrito Federal.
 
Essa corrente de prisão de ex-governadores, para o professor Leandro, significa evolução: "É o amadurecimento da participação popular no Brasil." Ele explica que desde a redemocratização, em 1986, este é o mais longo período com essa característica que o país vive. "Apesar de ser composta por apenas três décadas, uma fase contínua de democracia como esta nunca existiu no Brasil." Essa realidade permite a participação do cidadão na política, que tem como consequência mais controle e fiscalização da gestão. "Já em regimes autoritários, essa possibilidade é nula ou muito restrita."
 
Essa não é a única notícia boa. Isso também significa que o poder público está mais estruturado, em termos de legislação e de pessoal para combater a corrupção. "Acho que existe hoje uma geração mais disposta a lutar contra essas irregularidades, com mais preparação e articulação, nacional e internacionalmente. Não que antes essas pessoas não existissem, elas estavam lá e tentavam ter a mesma atitude. Mas tinham menos estrutura, sofriam mais pressão e os escândalos de fraude e desvio de dinheiro eram mais abafados." Isso significa que, apesar de a democracia brasileira ter muito a melhorar, tem possibilitado um aperfeiçoamento da fiscalização e do controle da política.

Informação ao alcance de todos
Isso tem um motivo: a informação está cada vez mais acessível. Essa revolução das telecomunicações permite às pessoas que se informem rapidamente, não só por um veículo, mas por vários, e assim, que debatam entre si. "Ou até que briguem e se xinguem nas redes sociais", brinca o professor, que faz um alerta para quem costuma se envolver em confusões virtuais: "Há muita notícia falsa na internet, muita superficialidade." Mas não é desculpa para que você acredite nelas, já que a possibilidade de se informar por diversos meios é muito maior do que poucos anos atrás. "Peneirando tudo, as pessoas estão mais envolvidas com o que acontece no Brasil."
 
Porém, não é só a informação que traz a mudança. Para Leandro, as manifestações populares têm papel fundamental nesta nova fase da política brasileira. "O povo na rua é a mais poderosa força das transformações sociais. Os protestos revelam a insatisfação popular com a situação da política", opina o professor, acreditando, entretanto, que não chega a ser uma "revolução". "Eu não empregaria esta palavra, já que não vejo uma ruptura com a ordem atual. É uma alteração profunda, mas não uma revolução, pelo menos não no clássico conceito do termo."

'Fora Collor'
Essa mudança profunda teve um episódio antigo para se basear. Em 1992, houve o Fora Collor, que resultou no impeachment do então presidente, por corrupção. Leandro lembra que na época também ocorreram significativas manifestações populares. "Mas quem foi para a cadeia? Que eu me lembre só o PC Farias." Desta vez é diferente. Para o professor, este momento é único na história do Brasil, nunca houve igual, com tantos casos de descumprimento da lei sendo desvendados e tantas pessoas importantes envolvidas sendo presas e condenadas.

Concurseiros devem ficar atentos ao tema nas provas
Se para a democracia brasileira tudo isso é notícia boa, para os concurseiros, significa mais matéria para estudar. E é bom ficar atento: nas provas objetivas, pelo menos, o tema já vem sendo explorado. Bancas como a Vunesp e a FCC têm perguntado sobre as operações de combate à corrupção como a Lava Jato, a Acrônimo, a Vidas Secas e a Alba Branca. Isso significa que os concurseiros devem enxergar o jornal como muito mais do que um informativo. Afinal, algumas bancas estão cobrando os detalhes - perguntando quais os termos de determinado acordo de leniência, por exemplo. Questionam ainda qual o nome do juiz que conduz a Operação Lava Jato, o que é delação premiada, e por aí vai.
 
Já nas provas discursivas, podem ser explorados temas como as causas da corrupção no Brasil, formas de combatê-la, o papel da sociedade neste contexto, na fiscalização e na transparência da gestão pública. Além disso, por conta da forte associação desta realidade fraudulenta ao atual sistema do Brasil, poderá ser contemplado ainda o tema "reforma política". Para o professor, essa realidade - de corruptos perdendo impunidade - desencoraja outras pessoas a cometerem crimes ou, até mesmo, na hora de agir sem ética. Mas fica o alerta: "Mesmo que aconteça a condenação e prisão, o fato de o acusado conseguir ficar com o produto ou parte do dinheiro que roubou também estimula atitudes ilegais. Portanto, é importante não só punir, mas reaver o que foi apropriado ilicitamente. E isso vem sendo feito."
 
É bastante informação, mas quem é concurseiro de verdade precisa absorvê-la. E se você não vem acompanhando as notícias na imprensa, e ainda assim quer garantir uma nota alta em Atualidades nas próximas provas, o professor revela que ainda há tempo de correr atrás do prejuízo. "Comece imediatamente a dedicar algum tempo ao noticiário. Procure reportagens especiais que tracem um panorama desses casos de corrupção, leia a opinião de especialistas sobre o tema, busque o algo a mais para uma prova discursiva, ou seja, um conhecimento além das opiniões do senso comum, para fazer a diferença na hora de argumentar textualmente." E quem precisar de uma ajudinha, pode encontrá-la na página do professor no Facebook: "Leandro Signori Atualidades".






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